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Considerações Sobre Uso de Redes Sociais para Crianças & Adolescentes

  • Foto do escritor: Bárbara Fu
    Bárbara Fu
  • 28 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de ago. de 2023


adolescente com rosto apoiado sobre o braço na mesa enquanto olha para o celular

Eu acredito que existe uma linha tênue que separa os impactos positivos e negativos das redes sociais em nossas vidas atualmente.


Por um lado, a conectividade permite estarmos mais próximos das outras pessoas, amplia nossa rede de contatos, ficamos mais atualizados em relação aos acontecimentos no mundo, vemos notícias em tempo real e podemos ter acesso a inúmeros temas e conteúdos com muito mais facilidade.

Por outro lado, é preciso ser crítico em relação à influência das redes na construção da nossa identidade, autoestima e saúde mental.


As redes estão cheias de histórias felizes, bonitas, bem contadas, bem-humoradas e bem-sucedidas. São recortes que não correspondem às complexidades que enfrentamos no dia-a-dia ao longo de toda uma vida.


Há uma pressão estética que só é possível de ser alcançada eletronicamente. Os filtros editam e ditam novos padrões de beleza que não representam a realidade das paisagens, das comidas, dos corpos ou dos rostos de pessoas reais.


Há uma pressão por felicidade e aproveitamento pleno da vida.

Pressão por conquistas relevantes e grandiosas.


O uso de redes sociais para crianças e adolescentes é um tema que merece atenção especial e emergencial, já que não possuem maturidade cognitiva, psicológica ou emocional para discernir estas irrealidades.


Elas não são capazes de filtrar, diferenciar ou criticar tudo a que estão expostos e acabam por sucumbir às inúmeras pressões que as redes exercem.


A imagem que é transmitida insistentemente através das redes é de que a vida lá fora (a vida das outras pessoas) é sempre mais encantadora, divertida e interessante - o que influencia diretamente na forma como encaram a própria vida, constroem sua autoimagem e como lidam com as adversidades e dificuldades comuns da realidade de todos nós.


O que temos visto é uma geração de crianças e adolescentes cada vez mais deprimidos, ansiosos, intolerantes com o tempo dos processos, inseguros em relação às próprias capacidades e inibidos de arriscar.


Adolescentes que vivem uma vida sobretudo virtual estão sem referências de como suportar, lidar e atravessar as dificuldades da vida offline.

Recursos que as redes não fornecem.

A vida offline tem momentos de beleza, conquistas, felicidade e diversão, mas também tem tédio, muita frustração, limitações, perdas, tristeza, decepções e necessita muito de esforço e persistência.

O diálogo, a orientação e o controle dos excessos devem estar presentes nos "hábitos virtuais" deste público infantil e jovem afim de ajudá-los a entender os estímulos aos quais estão expostos virtualmente.

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